sexta-feira, 20 de julho de 2007

Leonor Piúza

"Caro Professor
Sinto-me na necessidade de através do vosso blog felicitar a atleta moçambicana Leonor Piúza, por ter alcançado o primeiro lugar na prova de 800 metros (2:02:83) e consequentemente a primeira medalha de ouro para Moçambique, nos presentes Jogos Africanos que estão a ter lugar na capital argelina, Argel.
Pelo feito, está ela de parabéns, assim como a Cooperação Francesa, por ter acreditado nas capacidades dela e lhe ter proporcionado uma bolsa de estudo e treinamento ao mais alto nível, na Ilha da Reunião.
Nas próximas horas, ainda far-lhei chegar um novo texto sobre atletismo e os campeonatos nacionais marcados para cidade da Beira (de 20 a 20 de Julho 2007).
Parabéns Lolo!!!"

Mechisso Gerson

quinta-feira, 12 de julho de 2007

A draga Rovuma na Beira

Novo texto de Mechisso Gerson:

"(...) O Presidente da República inaugura a draga baptizada com o nome de Eng° Alcântara Santos, que já se encontra ancorada no Porto da Beira. A draga em alusão foi recebida da comunidade japonesa da cidade de Kansai para o governo deMoçambique - EMODRAGA. Se bem que vai minimizar o crónico problema de assoreamento no canal que dá acesso ao Porto da Beira. Actualmente a entrada de navios está condicionada pelo nível de marés. Nota-se que a presente draga é em substituição da antiga "Rovuma", que afundou recentemente no canal que acesso ao Porto da Beira (...)".
Foi assim como o Diario de Moçambique de 6 de julho de 2007 fez referência à inaguração da nova draga atribuída em memória do Eng° e antigo Ministro dos Transportes de Moçambique, Luis Maria de Alcântara Santos,vítima do trágico acidente de Mbuzini.
Ora a nossa sociedade habituou-nos a ter grandes acontecimentos que, volta e meia, transformam-se em pequenas coisas, ou mesmo passam para o esquecimento de alguns. Outros ainda, tentam "tapar o sol com peneiras".
Uma coisas têm a ver com as cheias, o paiol, os incêndios, a crimininalidade, o problema de roubo de lâmpadas no aeroporto,etc. Todas elas com justificações de todo tipo.
Os "patrões" da EMODRAGA-Empresa Moçambicana de Dragagem, dão-se por satisfeitos por esta doação, mas é obrigação de EMODRAGA retirar do canal de entrada do Porto da Beira a draga ROVUMA, afundada a cerca de 100 metros do porto há mais de dois meses, uma vez mais por negligência, que continua lá e sem data de retirada.
Enfim, triste é como rapidamente nos esquecemos desses acontecimentos que deveriam servir para pensar como evitar e/ou minimizar os prejuízos nos futuros acidentes, e não servir-se dela para sairmos ao mundo, como o professor Serra bem disse, com " Tou pidir patrão!" Até quando pedintes???"

terça-feira, 10 de julho de 2007

Gerson critica mentalidade terceiro-mundista a propósito da Dama do Bling

Novo texto de Gerson:

"Mentalidade de terceiro-mundistas
Por Mechisso Gerson

É interessante como há pessoas, neste país, que se interessam e se aproveitam de ninharias (mesquinhices), para alcançarem os seus intentos pouco claros.
Devíamos nos preocupar mais com os problemas do nosso país (a corrupção generalizada, a criminalidade por todos os cantos, as eleições, a saúde, a educação,etc), no lugar de criticar a maneira como a "nossa" DAMA DO BLING se apresenta em palco!!!
O mal das sociedades em desenvolvimento é que acham-se todos pensantes (no seu verdadeiro sentido)!
O país necessita, de facto, de pessoas que pensam, pessoas com ideias claras sobre o que desejam desenvolver. Pois estes constituirão a mais-valia para o desenvolvimento do país.
A maneira de a DAMA DO BLING se apresentar em palco (que esteje bem, claro, em PALCO), não é um assunto de debate nacional!
Abrimos as portas do país ao mundo, foi, penso, para aproveitarmos do que eles têm de bom (o conceito de o que é BOM, é extenso e dicutível). É preciso ensinar a nossa juventude a Pensar! A viver em sociedade, sem alienar a sua cultura alheia.
O caos está instalado. Levamos uma vida apressada, preocupados com ganhos económicos, deixando para trás a educação do filhos que nos mesmos geramos. Enfim, uma mentalidade de terceiro-mundistas."

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O duelo das cores

Da leitora Esfinge, recebi o seguinte e-mail:
"Hoje, num rasgo de ousadia, resolvi escrever para este espaço novo que me permite em poucas palavras colocar o meu protesto fora da alma.
Identifico-me como Esfinge e vivo na Beira quase desde que me conheço, amo as suas rotundas e os contrastes que esta bela cidade enquadra. O que sempre gostei foi de apreciar a lufa-lufa das pessoas nas ruas do comércio. O entra e sai de gente falando várias línguas e gritando suas necessidades, o barulho dos vendedores ambulantes que se perdem nos passeios disputando lugares com os logistas, as cores vivas das lojas da Baixa e do Maquinino, as alegres tascas Goto com nomes populares e criativos, as barracas coloridas e cheias de reclames das mangueiras (zona da Manga), enfim uma diversidade de tons e aromas.
Entretanto, um estranho fenómeno tem vindo a acontecer, para atrapalhar essa rotina tão minha, no trajecto entre o trabalho e a casa, noto este colorido sumir a cada dia que passa, os rosas, vermelhos, lilases, laranjas e outras cores desaparecem dando lugar a um duelo de apenas três cores que se sobrepõem a todas as outras que se deixam anular.
O “azul vodacom” e o “amarelo e verde Mcel” tomam conta de tudo...
Os logistas já não pintam as suas lojas nas cores habituais... Tudo está azul, amarelo e verde.
Os painéis publicitários já não apresentam novidades coloridas e bem dispostas... Tudo está amarelo, verde e azul.
Lojas, barracas, muros das praias, a muralha, as pensoes... Tudo azul, amarelo e verde.
O que foi feito do arco-íris anterior? Valerá a pena sair de casa e saber que mesmo de olhos fechados a Beira agora tem cor determinada?
E pensar que comemoramos este ano o centenário da cidade, melhor... da cidade azul, verde e amarela..."

O duelo das cores

Uma leitora postará aqui nas próximas horas um texto sobre a luta de cores na cidade da Beira entre as duas provedoras de telefonia móvel do país: o azul da Vodacom e o amarelo da Mcel, numa cidade onde as cores somem a cada dia. Aguardem.

Gerson desabafa sobre a polícia

Eis o teor de um e-mail recebido do leitor Mechisso Gerson:
"Caro professeur,
Tenha a amabilidade de postar este meu "desabafo" no teu mais prestigiado espaço que bem intitulaste "Fale,Queixe se,Desabafe".
E é precisamente isto que pretendo fazer a seguir.
Ora, as últimas informações que nos chegam por vias dos medias nacionais (a STV, sobretudo), dão-nos conta de várias situações de criminalidade com recurso a arma de fogo.
A mais patética, na minha opinião, é quando um segurança (privado) é-lhe retirado a arma de fogo, perante tamanha inoperância deste.
Alegando ser seu colega de serviço e que por conseguinte vinha rendê-lo (substitui-lo). Companheiros,
Vamos reconhecer que a segurança pública é precária, ou os criminosos estão mais inteligentes perante a tamanha inoperância dos nossos polícias.
Os discursos dos politicamente correctos que tentam amenizar ou desdramatizar o caos, caem em saco furado. Porque, infelizmente, já está provada a inoperância associada à incapacidade da nossa polícia. Sem querer me refugiar nas carências do país ou se quiserem na falta de meios (como já nos habituaram com essas desculpas esfarrapadas).
Só não vejo o porquê da não mobilização da polícia militar, PIC, etc..., como forma de ajustar os recursos humanos existentes. Porque para já, nem com a tentativa de fazer uma incorporação policial imparcial e com intervenção comunitária, devo dizer que faltou na minha opinião observação de alguns critérios necessários para um agente policial, tal como a robustez física(idade, peso, altura...sobretudo).
Os polícias que temos são desnutridos, lengrinhas, molengões,(...) as mulheres estas são umas mamanas rabudas com peso excessivo peso.
Companheiros,
Perante estas adversidades todas, podemos efectivamente acreditar na nossa polícia???Eu pessoalmente sou bastante céptico quanto à capacidade desta nossa polícia em manter-nos em segurança.
Estamos diante de uma polícia que pagámos para nos tirar a vida!
Creio que com polícia a não mudar de atitude, já não saberemos quem de facto é polícia ou quem é o criminoso? Visto que os criminosos até se dão ao luxo de ir à esquadra, recuperar uma viatura roubada anterioremente por eles.
Enfim, é assim quando se está numa república de bananas, governados por sacanas e entretidos por imbecis, grande coisa não se pode esperar senão sacanices atrás de sacanices. Como estamos a viver estes ùltimos dias, alguns dirigentes (ministros) vão acabar o mandato a provar-nos o quanto são imcompetentes."
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e-mail: gerson400@yahoo.fr

terça-feira, 3 de julho de 2007

Advogado ferido à bala por um polícia


Foto do advogado Aquinaldo Mandlate referido na notícia mais abaixo.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Advogado baleado numa esquadra

"Um Advogado estagiário da MGA (devidamente identificado), quando acompanhava funcionários de um cliente (Instituição Bancária) à esquadra da Machava para serem ouvidos em auto de declarações, foi barbaramente espancado pelos policias e alvejado com um tiro de raspão na cabeça.
O Advogado Estagiário encontra-se na clinica especial de Maputo, livre de perigo, porém em estado de choque, sendo o seu estado de saúde grave.
O meu desabafo em letras garrafais: AONDE É QUE VAMOS PARAR?"
(comentário de um leitor há momentos neste blogue)

Entretanto, a notícia acaba de ser confirmada pela estação televisiva STV.

domingo, 1 de julho de 2007

Finanças 'obrigam' à violação da privacidade dos trabalhadores e das empresas

Por e-mail, recebi a carta que a seguir publico na íntegra:

"É ao Ministério das Finanças, mais especificamente às repartições de finanças dos bairros fiscais, que dirijo o meu primeiro apelo neste blogue.
Todos os anos por esta altura, na qualidade de gestora de uma empresa, sou confrontada com pedidos de pessoas a quem fizemos pagamentos por serviços prestados ou arrendamento de instalações de cópias do chamado Modelo 20 H. Justificam tal pedido dizendo que aquele documento lhes está a ser exigido pelas respectivas repartições fiscais para que lhes possa ser feito o reembolso do IRPS a que têm direito, o que foi por mim confirmado por telefonemas à Repartição de Finanças do 1º Bairro Fiscal em Maputo.
Sou levada a fazer algumas interrogações:
1. Se o referido modelo já foi apresentado pela empresa às Finanças no conjunto de documentos que constituem o seu processo de fecho de exercício do ano anterior, e se a pessoa em causa possui também uma declaração da empresa com o total de pagamentos que lhe foram efectuados e respectivo imposto retido, por que razão pedem os serviços de finanças que tal modelo lhes seja novamente apresentado?
2. Considerando que o Modelo 20 H é uma declaração agregada e discriminada de todos os pagamentos efectuados pela empresa, devidamente identificados com números de identificação tributária (NUIT), não será abusivo da privacidade individual solicitar que a empresa dê a conhecer “publicamente” quanto recebeu cada pessoa?
3. A que propósito é que se obriga a que o dono das instalações em que a empresa funciona, ou qualquer dos trabalhadores da empresa tenha acesso ao total de remunerações pagas pela empresa? Não será o procedimento actual devassador da privacidade e autonomia das empresas?
Posto isto, considero tal pedido infundado, abusivo e facilitador do tão falado deixa-andar que se diz querer combater. Trata-se, simplesmente, de uma forma de transferir para as empresas o trabalho de organização de processos e busca de documentos que deve ser feito a nível das repartições de finanças.
É neste sentido que apelo para uma melhor organização interna das repartições, para que sejam respeitados os direitos de todos os trabalhadores e das empresas em si, bem como para um funcionamento normal do mundo de negócios.

C. Alves"