terça-feira, 10 de julho de 2007

Gerson critica mentalidade terceiro-mundista a propósito da Dama do Bling

Novo texto de Gerson:

"Mentalidade de terceiro-mundistas
Por Mechisso Gerson

É interessante como há pessoas, neste país, que se interessam e se aproveitam de ninharias (mesquinhices), para alcançarem os seus intentos pouco claros.
Devíamos nos preocupar mais com os problemas do nosso país (a corrupção generalizada, a criminalidade por todos os cantos, as eleições, a saúde, a educação,etc), no lugar de criticar a maneira como a "nossa" DAMA DO BLING se apresenta em palco!!!
O mal das sociedades em desenvolvimento é que acham-se todos pensantes (no seu verdadeiro sentido)!
O país necessita, de facto, de pessoas que pensam, pessoas com ideias claras sobre o que desejam desenvolver. Pois estes constituirão a mais-valia para o desenvolvimento do país.
A maneira de a DAMA DO BLING se apresentar em palco (que esteje bem, claro, em PALCO), não é um assunto de debate nacional!
Abrimos as portas do país ao mundo, foi, penso, para aproveitarmos do que eles têm de bom (o conceito de o que é BOM, é extenso e dicutível). É preciso ensinar a nossa juventude a Pensar! A viver em sociedade, sem alienar a sua cultura alheia.
O caos está instalado. Levamos uma vida apressada, preocupados com ganhos económicos, deixando para trás a educação do filhos que nos mesmos geramos. Enfim, uma mentalidade de terceiro-mundistas."

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

É engraçado que quando pessoas têm pouco a dizer sobre um determinado assunto tentam chamar atenção ao debate das "grandes questões" como a criminalidade, pobreza, corrupção, entre outros. Penso eu que o rumo que qualquer sociedade leva deve ser objecto de estudo e preocupação de qualquer cidadão pensante. O barco tem de necessariamente seguir um curso previamente traçado sob risco de andar a deriva. Pensar que a forma como a Dama do Bling do Gerson não deve servir de matéria de reflexão é fuga em frente. É preciso que reflictamos sim, aliás, o próprio Gerson está à sua maneira a reflectir sobre isso.

Há uma certa mania de que o social não deve constituír área de debate pela sociedade em geral, quando, de certo modo, o social acaba definindo a essência dessa mesma sociedade. É só vermos a distrinça que as pessoas fazem do que é uma "grande questão". Isso me parece mais fruto de uma construção social mal pensada. Como se a criminalidade nada tivesse a ver com o social.

E o que é mentalidade terceiro mundista? O Gerson devia ser mais claro. Recuso-me a ser catalogado como "ultrapassado" só porque utilizo um quadro analítico diferente. Isso não passa de mais um preconceito.

12/7/07 12:13 PM

12 de julho de 2007 às 12:42  
Blogger Nelson disse...

Incrível...
"Devíamos nos preocupar mais com os problemas do nosso país"...tenho que lembrar que esses tais problemas eram ontem "ninharias (mesquinhices)" que por não terem merecido a devida atenção por parte da sociedade "at large" tornaram-se oque hoje são..."os grandes problemas da nossa sociedade"
"O mal das sociedades em desenvolvimento é que acham-se todos pensantes"...DISCORDO!!!!
O mal das sociedades em desenvolvimento é que alguns procuram monopolizar o conhecimento e a responsabilidade de pensar... Somos de facto todos pensantes... aliás deviamos ser...
Quem decide oque é ou não "assunto de debate nacional?"
"É preciso ensinar a nossa juventude a Pensar! A viver em sociedade, sem alienar a sua cultura alheia." O nudismo protagonizado pela DAMA DO BLING não tem nada a ver com a nossa cultura onde o corpo da mulher é respeitado e não deve ser exposto...
"deixando para trás a educação do filhos que nós mesmos geramos"... a educação dos filhos envolve discussão de assuntos aparentemente
"ninharias (mesquinhices)"...envolve sim que todos sejamos pensantes...

10 de dezembro de 2007 às 07:24  
Anonymous Anónimo disse...

Agradeço muito mesmo ao Bayano Valy e ao Nelson. Fico feliz por saber que ainda existem pessoas que lutam pela defesa da cultura moçambicana.
Näo yenho mais nada a acrescentar, foram muito bem na escrita.

Félix

22 de maio de 2008 às 08:23  

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